quinta-feira, 1 de maio de 2014

PEDRAS PARA TUDO

Mármore, granito, ardósia, São Tomé, Goiás... Não resta dúvida de que com tantas opções de pedra fica difícil escolher a melhor para revestir o piso da cozinha, a parede do lavabo ou a bancada da churrasqueira. Para guiá-lo nessa empreitada, analisamos os principais tipos. Veja como usá-los e mantê-los sempre impecáveis.



ARDÓSIA
Aspecto interiorano
A ardósia foi a pedra da moda nas décadas de 1980 e 1990, mas caiu em desuso de lá para cá. Ainda está presente em construções antigas e casas no interior do país. A preferência nessas regiões está relacionada à durabilidade em comparação aos outros revestimentos e à baixa porosidade. “Contudo, como todo material, a pedra tem as suas desvantagens: esquenta e esfria com facilidade e é extremamente escorregadia, não sendo indicada para o piso do jardim e de entradas – exceção aos modelos brutos”, aconselha Maria Teresa Alonso Monte, proprietária da Pedras Gamallo. A manutenção semanal envolve cera, para resgatar o brilho perdido decorrente do uso, e pano úmido. A cor é natural, determinada por sua composição química, variando entre os tons de cinza, preto, bege, verde e vinho. Sem polir, a ardósia pode ser empregada em revestimentos para parede, soleiras e pequenos detalhes na área externa.
O que saber
Cores: cinza, preto, bege, verde e vinho
Valor: de R$ 4 a R$ 10 o m²
Uso: área interna e externa (com limitações)
Manutenção: fácil

GRANITO
Rigidez garantida
Com a mesma característica luxuosa do mármore, o granito sai ganhando em diversos aspectos, principalmente no quesito manutenção. A sua formação, composta por quartzo, feldspato e mica, garante à pedra uma rigidez maior e uma durabilidade considerável. O preço também atrai os compradores, uma vez que a pedra é extraída em jazidas nacionais, no Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Algumas tonalidades da pedra, no entanto, são quase raras e, por esse motivo, bem mais caras. O azul Bahia é um exemplo: chega a R$ 2 mil o m². “Os acabamentos variam entre levigado (lixado), polido e flamejado (queimado com um maçarico para a superfície ficar antiderrapante), que é o mais indicado para a parte externa”, diz Valeria Sanches, gerente de operações da Athenee. Na hora da compra, fique atento para a escolha dos lotes. “O correto é comprar o granito ou qualquer outra pedra na mesma época, já que são naturais variações entre elas”, acrescenta Valeria. No piso da casa, aconselha-se a impermeabilização do material, mesmo que a sua porosidade não seja tão elevada. Na Athenee, o orçamento para esse serviço inclui uma limpeza técnica e sai por R$ 60 o m². Em caso de retoque do produto, o preço cai para R$ 40 o m².
O que saber
Cores: tons de preto, branco, cinza, verde, marrom, azul, amarelo e vermelho
Valor: a partir de R$ 91 o m²
Uso: área interna e externa
Manutenção: difícil

PEDRAS REGIONAIS
Brasileirinhas de sucesso
Com certeza, você já ouviu falar delas. As chamadas pedras regionais conquistaram a preferência dos profissionais e ganharam destaque na decoração da casa. A escolha se justifica pela vasta oferta do produto tipicamente brasileiro e pela disponibilidade de modelos e cores no mercado, a preços bem vantajosos. “Essas pedras são basicamente quartzitos, que ganham o nome da região ou cidade do país em que foram extraídos. Eles possuem características semelhantes: são antiderrapantes, atérmicos e de alta durabilidade”, explica Maria Teresa, da Pedras Gamallo. Na lista dos mais conhecidos estão: São Tomé (MG), Rio Verde (MG), Ouro Preto (MG), Miracema (MG), Lagoa Santa (MG) e Goiás (GO). Para quem opta pelas pedras regionais, há duas alternativas quanto ao acabamento. A sem polimento tem um efeito rústico e é mais utilizada nas áreas externas, no jardim ou no entorno da piscina. Uma vez por ano, é preciso lavá-la com um produto químico específico para esse fim. Os modelos com polimento são mais indicados para a área interna da casa, mas, em alguns casos, a impermeabilização se faz necessária devido à porosidade do material. Quanto à limpeza do dia a dia, utilizam-se sabão neutro e água. No revestimento das paredes, há ainda outras alternativas. O mosaico português–acabamento em que vários pedaços de pedra, de diferentes colorações, formam um único desenho –ficou muito popular após a construção do calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro. Outra técnica muito conhecida é a canjiquinha. Nesse caso,os filetes da pedra são sobrepostos para dar um efeito de camadas.
O que saber
Cores: tons mesclados de bege, amarelo e cinza
Valor: de R$ 20 a R$ 80 o m²
Uso: área interna e externa
Manutenção: fácil

Mármore
Visual inalterável

Quem opta pelo mármore paga pela característica nobre do material e sua futura escassez. Atualmente, a obtenção da pedra é feita, em sua maioria, no exterior, principalmente em Portugal. As maiores jazidas encontram-se em locais de altas temperaturas e pressão (onde, inclusive, há atividade vulcânica). Aqui no Brasil, a exploração ocorre exclusivamente no Espírito Santo. De alta absorção, o mármore é uma rocha metamórfica que pode ser encontrada em três tonalidades distintas: bege, branco e preto. Entre os seus usos mais comuns, estão pisos, revestimentos para paredes e bancadas. Quando aplicado nas áreas internas, o material recebe um polimento e passa por um processo de impermeabilização. Isso porque a pedra tem porosidade alta (absorve com facilidade substâncias líquidas) e, com o tempo, é possível o aparecimento de manchas em sua superfície. “Trabalhamos com dois produtos de resistências distintas. O impermeabilizante italiano Bellinzoni custa R$ 200 para cada 12 m² e deve ser reaplicado a cada ano. O australiano da marca Dry-Treat varia de R$ 350 a R$ 400 e cobre o mesmo espaço, com a vantagem de uma vida longa de 5 a 7 anos”, diz Christine Cotrim, da Cia do Mármore. A conservação da pedra em estado rústico é mais simples, contudo, a sua aplicação fica restrita, na maioria das vezes, à área externa da casa. A limpeza anual se dá com água sanitária diluída em água e pode ser realizada pelo próprio morador. Para ambos os acabamentos, sabão neutro e pano úmido são suficientes para a faxina rotineira.
O que saber
Cores: tons de bege, branco e preto
Valor: de R$ 550 (rústico) a R$ 650 (polido) o m²
Uso: pisos, paredes e bancadas
Manutenção: difícil
Fonte: Casa e Jardim

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