sábado, 12 de abril de 2014

A EVOLUÇÃO DOS LAMINADOS: TIRE DÚVIDAS SOBRE O REVESTIMENTO

Com a ajuda da tecnologia, os pisos deste tipo passaram a reproduzir com perfeição texturas, nuances e até os veios da madeira natural.

Rápido de instalar, simples de manter
Quais as vantagens?
Entre arquitetos e designers de interiores, a resposta é unânime: não há revestimento com tamanha facilidade de instalação e manutenção. “Sem contar a gama de padrões oferecidos”, afirma o arquiteto Maurício Queiroz, de São Paulo. Por ser um piso flutuante, as réguas são colocadas apenas com cola ou encaixe de clique. Sem sujeira, instala-se tudo num dia e, no outro, pode-se circular pelo espaço. “Além disso, estamos falando de uma alternativa sustentável, feita de material de florestas certificadas pelo FSC”, ressalta a arquiteta Renata Braga, da Duratex, de São Paulo.
Posso usá-lo em áreas molhadas?
Uma das desvantagens do laminado está no fato de ser contraindicado para banheiros, cozinhas e lavanderias. “Trata-se de um revestimento com miolo de madeira, que acaba sofrendo mudanças e estufando com água. Mas vale lembrar que esse processo também acontece com assoalhos e tacos naturais”, diz Renata.
Ele sai caro?
“O baixo custo, até 1/3 menor do que o de um assoalho de madeira, é um dos benefícios do laminado”, responde o arquiteto Rodrigo Costa, do Studio Costa Marques, de São Paulo. No quesito durabilidade, os fabricantes oferecem garantias entre cinco e 16 anos, dependendo do modelo e da marca. Ao escolher, precisa-se observar a classe de abrasão, que vai de AC2 a AC5. Casas são consideradas áreas de baixo tráfego. “AC2 ou AC3 bastam”, orienta Renata.
Que avanços o produto teve nos últimos tempos?
Quando esse revestimento aportou no Brasil, há 20 anos, sua aparência não era tão fel à madeira. “Hoje, a tecnologia permite criar até ranhuras e relevos nas superfícies”, conta o engenheiro civil Carlos Eduardo Mariotti, da Associação Brasileira da Indústria de Piso Laminado de Alta Resistência (Abiplar), de São Paulo. Outros upgrades, disponíveis em algumas marcas, são a proteção contra microrriscos e bactérias e a propriedade antiestática, que evita o acúmulo de poeira.
Como deve ser o contrapiso? Posso instalar o laminado sobre outros revestimentos?
Para não correr o risco de o piso se soltar, empenar ou manchar, vale ter cuidado extra na preparação do contrapiso. Ele deve estar seco (a cura do cimento leva cerca de 30 dias), limpo, nivelado e isento de umidade. Sim, o laminado pode recobrir materiais existentes e, por ser pouco espesso, é um dos raros revestimentos que permitem essa façanha sem mexer na altura de portas. “Trata-se de uma opção imbatível numa reforma rápida ou em caso de imóvel alugado. As réguas colocadas com cliques têm a vantagem de serem retiradas e transferidas facilmente para outro endereço”, relata Rodrigo. Mas atenção: a cada 1,5 m de extensão, o desnível do contrapiso só deve variar até 3 mm, podendo ser corrigido com a manta acústica. Caso contrário, será preciso passar uma nata de cimento.
Eu mesmo posso assumir a colocação?
“Prefira contratar instaladores experientes”, afirma a designer Flávia Athayde Vibiano, da Eucatex. Um erro comum está na junta de dilatação, obrigatória em todo o perímetro da parede. Como o revestimento tende a dilatar ou contrair, vale deixar entre 0,8 e 15 mm entre o piso e a alvenaria, conforme indica o fabricante. “Esse espaço fica escondido sob o rodapé”, acrescenta.
Como impedir o toc toc dos sapatos?
Evite esse problema com o uso de mantas acústicas entre o laminado e o contrapiso. “Feitas geralmente de EVA ou polietileno, elas absorvem os ruídos”, explica Carlos Eduardo, da Abiplar.
É fácil manter o laminado? Devo encerá-lo?
Pano umedecido em água (muito bem torcido) e detergente neutro, vassoura de cerdas macias ou aspirador de pó bastam para a limpeza. Evite materiais cortantes e ásperos, como lixas, palhas de aço e esponjas dupla-face. Esses itens não só danificarão o piso como também implicarão na perda da garantia. “Passar cera ou enceradeira é contraindicado. O produto não será absorvido e ainda dificultará a faxina”, explica Flávia. Assegure a longevidade adotando feltro nos pés dos móveis e rodízios de poliuretano, já que os de náilon são abrasivos.
O que fazer para acabar com as sujeiras difíceis?
Se houver mancha de cola, a Duratex sugere removedor de esmalte ou uma solução de 50% de água morna e 50% de álcool. Para retirar tinta, verniz ou graxa, a Eucatex recomenda aguarrás, tíner ou querosene, materiais oleosos que, na sequência, requerem a aplicação de um pano com água e sabão neutro a fim de dissolver a gordura.
Comparando laminado X madeira:
O primeiro é mais fácil de colocar e limpar. “Já as tábuas maciças e os tacos exigem muitos cuidados na instalação e manutenção, como rejunte, cera e resina. Mas são clássicos e apresentam uma beleza autêntica”, avalia Maurício Queiroz. O aconchego incomparável do material natural configura mais uma qualidade destacada pelos profissionais. “Embora o laminado seja uma excelente alternativa e esteja cada vez mais semelhante à madeira, ainda fica alguns degraus abaixo dela, bem mais durável e sofisticada”, diz o designer de interiores Fernando Piva, de São Paulo. O arquiteto Luiz Sentinger, de Porto Alegre, ressalta mais uma importante diferença: “Laminados empregam espécies de reflorestamento, poupando a natureza”.
Outras imitações
Se você deseja trazer a sensação de acolhimento para dentro de casa, há diversas opções de revestimento, além do laminado, que reproduzem com maestria a aparência da madeira natural. Um deles é o porcelanato, que, nos últimos anos, passou a contar com a tecnologia da impressão digital em alta definição, mais conhecida como HD. Agora, as placas não só imitam as medidas de tábuas corridas como também exibem texturas e nuances de diversas espécies. Há, ainda, os pisos vinílicos, geralmente fabricados de PVC, que, além da semelhança com a madeira, reúnem atrativos dos laminados, como a facilidade de instalar e limpar.
Estampas e efeitos estonados são destaque em feira internacional
Realizada em janeiro, na cidade alemã de Hanover, a Domotex é considerada uma das principais feiras no segmento de tapetes, carpetes, laminados, vinílicos e madeiras naturais. “Na última edição, o efeito industrial, que já está bem presente no mobiliário e em outras peças de decoração, foi incorporado aos pisos”, diz Renata, da Duratex. Remetendo aos celeiros e galpões antigos, os produtos patinados com poros esbranquiçados também roubaram a cena. Além deles, ganharam destaque as réguas acinzentadas, com estampas e tudo o que lembra a natureza e o feito a mão. “As composições que misturam tonalidades claras e escuras e alternam réguas largas e finas continuam em alta”, confirma Flávia, da Eucatex.
Na sala projetada pela arquiteta Liane Mazeron Rump, o laminado Durafoor Sense, padrão Carvalho Munique, cobre o piso. Da Duratex (24,8 cm x 1,34 m).
Esta sala recebeu tacões Multistrato Legno Demolição, no padrão Cumaru (19,5 x 40 cm), da linha Ecológica da Indusparquet. Um tratamento assegura a aparência envelhecida.
O parquet New Classics Design (1,59 m x 21,5 cm) reinterpreta a paginação espinha-de-peixe. Da alemã Parador, mescla tábuas largas e estreitas.
Fonte: casa.com.br

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